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O segundo turno da eleição de 2022 para presidente da República, ocorreu entre o candidato Jair Messias “Bolsonaro”, candidato do Partido Liberal (PL), e o candidato Luiz Inácio “Lula”, que, por intermédio de 50,9% dos votos, conforme G1 (2022), conseguiu ganhar a eleição e retornar à posse da presidência. Tal presidente, durante o período de redemocratização brasileira, conseguiu conquistar a eleição para presidência três vezes, sendo o único a obter tal feito por meio de eleições diretas, conforme Cerqueira (2022).

 Ademais, juntamente com a retomada de sua posse, há também o retorno internacional acerca do Brasil nas pautas globais (COELHO, 2023), a partir de discursos e pautas do presidente Lula sobre a desdolarização e Guerra Russo-Ucraniana, além de encontros diplomáticos na Europa e na China (em prol de acordos bilaterais e pautas que impactam os respectivos países), e a visita do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, ao território brasileiro. Consequentemente, esse protagonismo brasileiro abre margens para novos possíveis investimentos externos direcionados para o Estado brasileiro, por meios das grandes multinacionais, empresas, Estados, etc.

 Nesse viés, pode-se perceber e analisar como as relações estatais e a diplomacia presidencial se fazem imprescindíveis e impactam fortemente em nível nacional, principalmente na economia. Segundo Nicholas J. Cull (2009 apud VILLANOVA, 2017, p. 63), a diplomacia pública, de viés básico uma forma de conexão estatal entre Estados e para com o público, se estabelece com vários conceitos, e um deles se estabelece como Advocacy, uma ferramenta importante para explicitar a relação de Lula com os outros Estados e a reverberação interna disto.

 A Advocacy, de acordo com Cull, desempenha um papel estratégico de posicionamento e inserção internacional dos países, estando atrelada a persuasão do “outro” e a flexibilização de fronteiras em prol de seus interesses, sejam culturais, políticos e principalmente econômicos (Ibidem). Lula utiliza-se da Advocacy, para além de sua popularidade, para obter ganhos em diversas áreas para o Brasil, tendo como exemplo os acontecimentos citados acima, em principal em acordos diplomáticos. Essas parcerias diretas entre Estados resultam em bases financeiras para políticas internas favoráveis, ou seja, além de um estabelecimento diplomático favorável, há um ganho nacional em vários níveis, sendo uma relação de win-win.

 Desse modo, pode-se perceber que a volta de Lula à presidência representa uma oportunidade interessante para retomar a captação de investimento estrangeiro em território Brasileiro. A mudança de paradigma na política externa brasileira, buscando restabelecer o papel de destaque do país no cenário internacional através da diplomacia, é uma das principais medidas adotadas pelo novo governo. Por conseguinte, espera-se que a melhora nas relações do Brasil com o resto do mundo demonstre ser uma política mais conducente ao estabelecimento de tratados internacionais e à atração de investimentos diretos estrangeiros.

Referências;

CERQUEIRA, Carolina. Lula é 1o presidente com 3 vitórias no voto direto; só Getúlio governou por mais tempo. [S. l.], 30 out. 2022. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/lula-e-1o-presidente-com-3-vitorias-no-voto-direto-so-getulio-governou-por-mais-tempo/#:~:text=Ao%20vencer%20a%20disputa%20pelo,o%20cargo%20pela%20sexta%20vez. Acesso em: 8 maio 2023.

COELHO, Renato. Reconstrução diplomática e retomada do prestígio na arena das relações internacionais dão tom de visita de Lula à China. [S. l.], 23 mar. 2023. Disponível em: https://jornal.unesp.br/2023/03/23/reconstrucao-diplomatica-e-retomada-do-prestigio-na-arena-das-relacoes-internacionais-dao-tom-de-visita-de-lula-a-china/. Acesso em: 8 maio 2023.

G1. Eleição em números: veja destaques dos resultados do 2o turno. [S. l.], 31 out. 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2022/eleicao-em-numeros/noticia/2022/10/31/eleicao-em-numeros-veja-destaques-dos-resultados-do-2o-turno.ghtml. Acesso em: 8 maio 2023.

VILLANOVA, Carlos. DIPLOMACIA PÚBLICA E IMAGEM DO BRASIL NO SÉCULO XXI. 1° Edição. Brasília. Fundação Alexandre Gusmão, 2017.