
Mayara Rodrigues – 5° semestre de RI
Rayana Fachinetti – 5° semestre de RI
Elon Reeve Musk, graduado em economia pela Wharton School of Business e CEO de empresas como a SpaceX e a Tesla, é um dos maiores empreendedores do século XXI e um dos principais nomes em questão de capital financeiro. Musk construiu sua fortuna a partir de um software de guia da cidade para jornais chamado Zip2, vendido em 1999 por 307 milhões de dólares. Com o valor da venda do software, o economista fundou novas empresas, como o PayPal, e investiu em capital especulativo, aumentando exponencialmente seu poder monetário (SUNO, s.d.).
O economista causou comoção recentemente na internet após comprar uma das redes sociais mais utilizadas no mundo, o Twitter. Com uma fortuna estimada em US $151 bilhões de dólares, Musk é atualmente o homem mais rico do mundo. Sendo dono e fundador de grandes empresas ao redor do mundo como a SpaceX e Tesla, ele tem grande influência no setor econômico global.
Musk cresceu seu poderio financeiro ao investir muito dinheiro e tempo em tecnologias diferenciadas, como na área aeroespacial. Nesta área em específico, ele financiou com ajuda da NASA, pela empresa SpaceX – que é referência mundial em termos de voo espacial, atualmente – um novo patamar quanto a corrida espacial global. E foi graças às suas inovações e investimentos que muitos setores globais se tornaram mais efetivos e concorridos.
Os principais fatores de poder que fazem das empresas de Musk um diferencial, são: as especificações avançadas no que tange ao mercado competitivo quanto aos seus produtos e a ativa relação das empresas com o Estado. Segundo Weber, poder é “a possibilidade de encontrar obediência a uma ordem determinada” (2005, p. 1). Ou seja, a relação Estado e empresa atuam de forma a permear a sociedade como um todo e envolver suas atividades, ora como difusor de poder, ora como cumpridor de determinações (SICA, p.15, 2013).
Ademais, fica claro a importância das empresas de Musk para a economia global, pois tem em mãos a capacidade de influenciar e pressionar representantes políticos do mundo todo. Ladislau Dowbor diria que esse controle corporativo “tem como objetivo se manter no poder econômico, político e cultural” (Dowbor, 2017), e que é um poder que não pode ser difundido e se mantém ‘debaixo dos panos’. Ou seja, quem domina a economia global é um grupo fortemente engajado nos setores produtivos, e esse domínio traz fortes impactos para a população que se vê à mercê de inflações absurdas.
Neste sentido, é inegável a forte influência econômica de Elon Musk em âmbito internacional e nas suas relações com os Estados. Além disso, com o seu desenvolvimento empresarial e a sua busca por inovações em âmbito tecnológico, principalmente na busca da produção de energias renováveis limpas e no desenvolvimento de pesquisas de neurotecnologia e aeroespaciais (SUNO, s.d.), se faz visível a manutenção do seu poderio a fim de abrir espaços para mudanças no cenário mundial.
Referências:
Conhecendo Elon Musk. Disponível em: https://www.suno.com.br/tudo-sobre/elon-musk/. Acessado em 21 de maio de 2022.
De volta ao Espaço. Direção: Jimmy Chin. Produção de Elizabeth Chai Vasarhelyi. Estados Unidos: Netflix.
WEBER, Max. Ciência e política: duas vocações. Tradução de Leônidas Hegenberg e Octany Silveira da Mota. São Paulo: Cultrix, 1967.
Angarita, Antonio. Sica, Ligia. Donaggio, Angela. Estado e empresa: uma relação imbricada. São Paulo: Direito GV, 2013.
Dowbor, Ladislau. A era do Capital Improdutivo. Tradução de Antônio Martins. 2017.