Nivia Iani Silva Imbiriba

Acadêmica do 1º semestre de Relações Internacionais da UNAMA

Um dos maiores símbolos do futebol feminino no Brasil e no mundo, Marta Vieira da Silva nasceu em 19 de fevereiro de 1986, na cidade de Dois Riachos, interior do estado de Alagoas. Marta é uma jogadora brasileira de futebol que representa a luta e o poder das mulheres para alcançar o sucesso no esporte. A atleta começou a trilhar sua caminhada desde muito jovem, tendo que enfrentar os preconceitos e as problemáticas que surgiam a partir do momento em que uma menina demonstrava interesse e talento para jogar.

Nesse sentido, a brasileira iniciou sua carreira jogando em sua cidade natal, em times amadores, compostos apenas por meninos, pois não se apresentava visibilidade para as meninas, era a única mulher no time masculino, além disso, ainda tinha que conciliar a sua paixão pelo futebol ao seu árduo trabalho transportando produtos da feira regional que auxiliava na renda familiar.

Marta jogou em 11 clubes, times do continente americano e europeu, alternando entre times do Brasil, dos Estados Unidos e da Suécia. Atualmente, joga no Orlando Pride, dos Estados Unidos. Quando jogou no time sueco Umea, sua carreira decolou, e ela passou a ser reconhecida não só na Europa, mas no mundo todo.  Outrossim, Marta concorreu 12 vezes pelo prêmio FIFA, como “The best” (a melhor, em português), conquistando pela primeira vez, em 2006, com apenas 20 anos, a premiação de melhor jogadora do mundo e pelos 4 anos seguintes, dominou o prêmio. Em 2018, ela foi eleita pela sexta vez, a jogadora do ano.

Ademais, seu sucesso promove a ascensão do Brasil no cenário internacional, pois levanta questões de gênero, de desigualdade social e de identidade cultural. Sua atuação como jogadora é exemplo máximo para todas as mulheres que sonham em jogar futebol, caminhando contra tudo e todos que diziam que, por ser mulher, ela não poderia jogar, porque “futebol é coisa de homem”, uma frase preconceituosa que só escancara o quanto a sociedade é machista e o quanto as mulheres têm de lutar o dobro para conseguirem realizar as suas metas.

Além disso, ter a figura de uma mulher nordestina, do interior de Alagoas, jogadora de futebol no topo mundial do esporte, remete à importância da representatividade, pois sendo da região brasileira considerada a mais pobre do país, o nordeste, tem-se menos oportunidades financeiras e profissionais, contudo sua trajetória mostra que é possível quebrar as barreiras da desigualdade social.

Logo, a Marta desperta o sentimento de identificação cultural na população, pois ao contemplar uma brasileira estampando a cara do esporte Brasil afora, disseminando a febre nacional que o futebol representa, isto gera identificação, valorização e orgulho da própria cultura.

REFERÊNCIAS

FRANCO, Giullya. “Marta Vieira da Silva”, Brasil Escola. Disponível em: Marta (jogadora): biografia, carreira e prêmios – Brasil Escola (uol.com.br). Acesso em: 01 de maio de 2022.

Marta: quem é, idade, onde mora, onde nasceu e outras dúvidas. Uol, 17 jul. 2020. Disponível em: Marta: quem é, idade, onde mora, onde nasceu e outras dúvidas – Esporte – UOL Esporte. Acesso em 01 de maio de 2022.

PUIATI, Julio. “Marta”, Esportelândia, 07 mar. 2020. Disponível em: Marta: biografia, títulos, times e curiosidades da jogadora (esportelandia.com.br). Acesso em 01 de maio de 2022.

RAMOS, Mateus Rodrigues. “Futebol e as relações internacionais: há conexão?”, Dois Níveis, 19 abr. 2021. Disponível em: https://www.doisniveis.com/ri-em-campo/futebol-e-as-relacoes-internacionais/. Acesso em 01 de maio de 2022.