Vinicius Pontes – Acadêmico do 5º semestre de Relações Internacionais

Ficha Técnica

Produção:Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko.

Gênero: Aventura.

Emissora:Nickelodeon.

Ano: 2005.

Avatar: A Lenda de Aang é uma animação estadunidense que foi idealizada por Bryan Konietzko e Michael Dante DiMartino, que foi exibida do ano de 2005 até o ano de 2008, possuindo três temporadas quando foi finalizada. Avatar contou com diversas pessoas na sua direção e teve Zach Tyler Eisen dublando  Aang, o protagonista.

A animação é ambientada em um mundo onde pessoas do planeta todo se mostram capazes de manipular quatro elementos da natureza: Fogo, Terra, Água e Ar. Tais povos viviam em relativa harmonia até que o senhor do Fogo, Sozin, planejou guerrear contra as outras nações em busca de aumentar o território da nação do Fogo e poder potencializá-la tecnologicamente  por meio dos recursos das outras nações. 

Entretanto, seus planos foram temporariamente frustrados pela resistência de Roku , o avatar, que no universo da obra é uma pessoa capaz de manipular os 4 elementos. Após sua morte, os poderes de avatar passaram para uma criança nascida na nação do Ar chamada Aang, e caberia a ela agora impedir o expansionismo da nação do fogo e trazer a paz para a terra.

É possível relacionar a postura da Nação do Fogo com outras nações com  a teoria construtivista das Relações Internacionais (RI). Segundo Wendt, um dos principais expoentes de tal vertente, os Estados realizam seus interesses de acordo com a forma que eles vêem uns aos outros. 

Isto é – diferentemente da teoria Neorealista ou da Neoliberal – que afirmam que os Estados têm a sua natureza pré-estabelecida, a teoria construtivista discorre acerca da possibilidade das relações entre eles serem ditadas pelas semelhanças e diferenças que eles têm entre si (WENDT,1999). 

Desta forma, pode-se afirmar que se alguma Nação tivesse objetivos alinhados, ou pelo menos não contrários à Nação do fogo, existiria uma grande possibilidade de tais atores não entrarem em conflito.

Em suma, é possível concluir que Avatar é uma ótima pedida para os fãs de obras bem embasadas política e historicamente. Sendo recheada de eventos, personagens e ideologias que são facilmente relacionáveis não só com as RI, mas com toda a área de humanidades.

Referências:

WENDT, A. Social theory of international politics. Cambridge: Cambridge University

Press, 1999.

ZEHFUSS, Maja e Zehfuss Maja. Construtivismo nas relações internacionais: a política da realidade . Vol. 83. Cambridge University Press, 2002.

SARFATI, Gilberto. Teoria das Relações Internacionais. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.