Vinicius Pontes – Acadêmico do 5° semestre de Relações Internacionais da UNAMA

Immanuel Maurice Wallerstein foi um sociólogo norte-americano, nascido na cidade de Nova York, no dia 28 de setembro de 1930. Wallerstein se tornou um dos maiores expoentes do neomarxismo por ter sido um dos fundadores da “Teoria do Sistema-mundo” uma teoria importantíssima não só para as Relações Internacionais, mas para todo o meio acadêmico.

Segundo a teoria do sistema-mundo, os Estados são divididos em três estamentos hierárquicos: centro, semi-periferia e periferia. Os Estados centrais se encarregam de produzir produtos com alto valor agregado, os periféricos da produção dos de baixo valor agregado e os semiperiféricos se encontram em algum ponto entre os dois. Ou seja, as relações econômicas desiguais entre os países criam uma relação de dependência dos países com menos recursos com os países mais abastados (SARFATI,2006). 

Apesar de ser semelhante a “teoria da dependência” de Prebisch, por  falar que existem trocas econômicas desiguais entre os Estados periféricos e os centrais, o fato da teoria sistema-mundo considerar a existência dos estados semiperiféricos e também considerar que pode haver certa mobilidade social entre eles e os estados centrais, as diferencia(PREBISCH,1962).

“Definimos um sistema mundial como um sistema em que existe uma divisão extensiva do trabalho. Esta divisão não é meramente funcional – isto é, ocupacional – mas geográfica. Quer dizer, a gama de tarefas econômicas não está distribuída uniformemente por todo o sistema mundial. Em parte isto é consequência de considerações ecológicas, sem dúvida. Mas na sua maior parte é função da organização social do trabalho, que aumenta e legitima a capacidade de certos grupos dentro do sistema explorarem o trabalho de outros. Isto é, receberem uma maior parte do excedente.”

(WALLERSTEIN, 1974. PÁG 355)

Referências:

SARFATI, Gilberto. Teoria das Relações Internacionais. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.

WALLERSTEIN, Immanuel. O SISTEMA MUNDIAL MODERNO VOL.1. Editora: Edições afrontamento, 1974.

CARDOSO, F. H.; FALETTO, E. Dependência e desenvolvimento na América Latina. Rio de Janeiro: Zahar, 1993.

OLIVEIRA, M. O. de. Paradigma da dependência. In: BEDIN, A. G. et al. Paradigmas das

Relações Internacionais. Ijuí: Unijuí, 2000.

PREBRISCH, Raul. O desenvolvimento econômico da América Latina e alguns de seus problemas principais. In: Cinquenta anos na CEPAL, 1962.