Yasmin Garcia – Acadêmica do 4º semestre de Relações Internacionais

Ficha Técnica

Direção: Joss Whedon.

Produção: Kevin Feige.

Distribuidora: Walt Disney Stuios Motion Pictures.

Elenco Principal: Robert Downey Jr., Chris Evans, Chris Hemsworth, Scarlett Johansson.

Lançado em 2012, o clássico da Marvel “Vingadores” é conhecido mundialmente: além de ter ganhado prêmios como MTV Movie Awards e People’s Choice Awards, faturou mais de R$ 1 bilhão em seus três primeiros dias de estreia ao redor do mundo. (EXTRA, 2012)

O filme conta a história da equipe de super heróis idealizada e reunida por Nick Fury, agente da S.H.I.E.LD. O time, formado por Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Gavião Arqueiro, Hulk e Viúva Negra, é formada com o objetivo de deter os planos de Loki, vilão da narrativa e irmão de Thor.

O deus da trapaça encontra um caminho de volta para a terra e rouba o Tesseract, uma fonte de energia pura e alienígena, ameaçando escravizar a raça humana com o ajuda de seu exército extraterrestre, os chamados Chitauris. (SILVEIRA, 2012)

De primeira, o grupo não acerta trabalhar em cooperação, devido às diferentes característcas, visões de mundo e estratégias de cada integrante. Porém, após um agente da S.H.I.E.L.D – Coulson – ser morto por Loki, todos se unem em prol do bem maior, derrotando o antagonista e salvando Nova York da invasão alienígena. Após o combate, Thor volta para Asgard com Loki, Banner segue com Stark, Rogers vai embora com sua moto e Barton e Romanoff voltam para a S.H.I.E.L.D.

Já é de conhecimento geral que a maioria dos filmes da Marvel – principalmente aqueles inspirados em quadrinhos da época da 2ª Guerra Mundial e Guerra Fria – tem um quê de política implícito em várias cenas. Com “Vingadores” não é diferente.

Em primeiro plano, deve-se mencionar uma teoria muito importante para um melhor entendimento: o realismo ofensivo de John Mearsheimer (2001). O autor defende que o Estado é um ser racional, único e estrategista; esse ator nunca toma decisões súbitas e impulsivas, a não ser que estas tenham sido arquitetadas e pensadas.

Por isso, o neorrealista ainda defende que não se pode depositar a confiança em nenhum Estado, pois estes agem puramente por interesses próprios, e por isso suas ações futuras são majoritariamente imprevisíveis.

Relacionando-se totalmente à tese, o vilão da obra cinematográfica é completamente incerto e duvidoso, e a falta de confiança dos Vingadores nele ilustra exatamente o que Mearsheimer (2001) prega, destacando que todas as grandes potências buscam pela hegemonia – seja essa para o bem ou para o mal.

É perceptível que o longa-metragem tem motivos plausíveis e notáveis para fazer tanto sucesso até os dias atuai: além de envolver ação, ficção científica e ter um enredo surpreendente, o mesmo ainda se entrelaça às teorias mais importantes de Relações Internacionais.

REFERÊNCIAS

LISBOA, Vinícius. ‘Os vingadores’ tem maior estreia da história dos EUA e já fatura R$ 1 bilhão em todo o mundo. EXTRA: 2012. Disponíbvel em <https://extra.globo.com/tv-e-lazer/os-vingadores-tem-maior-estreia-da-historia-dos-eua-ja-fatura-1-bilhao-em-todo-mundo-4828965.html&gt;

MEARSHEIMER, John J. The Tragedy of Great Power Politics. W. W. Norton & Company: New York City, 2001.

SILVEIRA, Andhora. RESENHA: THE AVENGERS (OS VINGADORES, 2012). Blog Mania de Gibi: 2012. Disponível em <https://blogmaniadegibi.com/2012/05/resenha-the-avengers-os-vingadores-2012/&gt;