
Daine Lima, acadêmica do 4° de RI da UNAMA.
Data de lançamento: 20 de janeiro de 2017 (mundial)
Diretor: Joe Piscatella
Elenco: Joshua Wong
Produção: Joe Piscatella, Matthew Torne, Andrew Duncan, Mark Rinehart
Joshua wang é o jovem protagonista da história, que inconformado com a ação da China em relação à autonomia de Hong Kong, se reuniu com jovens em um movimento de ocupação das ruas para lutar contra a repressão e tentativa de domínio do governo chinês, fundando o grupo ativista estudantil denominado de escolarismo.
Este movimento tinha como objetivo exigir a retirada do plano de educação nacional em Hong Kong que promoveia o nacionalismo, isto é, o partido comunista. Assim, o movimento ocupou a praça central de Hong Kong.
Foram dias de acampamento e houve um dos maiores atos, que ocorreu quando a praça ficou lotada pelos cidadãos de Hong Kong vestido de preto em prol do escolarismo, foram mais de 120 mil pessoas.
No dia 8 de setembro de 2012 foi anunciado que o programa não seria efetivado em Hong Kong e este foi o primeiro movimento social a atingir o seu objetivo indicado por alunos do 2 grau.
Hong Kong é uma região autonoma, isto é, uma região administrativa especial (no sudoeste da China) sob a condição de manter seu alto grau de autonomia em uma economia capitalista, enquanto a China segue como comunista, porque era um ex-colônia britânica por um século e meio desde a guerra do ópio e foi devolvida em 1997 para Pequim. No entanto, a China tenta interferir na política do território autônomo.
Em 2014, o Congresso Nacional do Povo na China determinou que os candidatos a Chefe do Executivo de Hong Kong deveriam ser aprovados pelo Partido Comunista antes de irem a voto popular. Tal medida desencadeou em uma grande onda de protestos pró-democracia. Por meses as ruas da província foram tomadas por manifestantes que exigiam o direito de escolher os seus representantes. No fim, o movimento foi duramente reprimido pela polícia.
Este conflito não afeta apenas o sistema local, mas o sistema internacional, pois, a repercussão negativa da lei logo foi condenada por outros países. Reino Unido, Estados Unidos, Austrália e Canadá expressaram o temor de que essa lei limite a autonomia de Hong Kong, além de acusá-la de violar o acordo entre o Império Britânico e a China que acarretou na devolução do território ao país oriental, em 1997.
Por não considerar Hong Kong como uma Região autónoma da China, os Estados Unidos poderia retirar o status de comércio preferencial dado a mesma em 1997. E Londres retrata que iria conceber visto de residência a até três milhões de pessoas que moram na província autônoma, o que chegaria a quase metade da população da cidade, caso o governo chinês implemente a Lei de Segurança Nacional.
O documentário traz muitas razões para este conflito, mas o principal deles é: “A China quer tomar o controle de Hong Kong em razão de a cidade ser um tigre asiático, ou seja, ser uma das cidades que possui uma das maiores economias na Ásia. O país quer ter o controle total, principalmente financeiro, a fim de fortalecer a China”.
Logo, o lema: ” Um país, dois sistemas” está sob constante ameaça de conflito, que não esta sendo resolvido por vias de guerra, mas através de acordo dentro do sistema, geração de equilíbrio de poder, que segundo Waltz, é instável…
REFERÊNCIAS:
WALTZ, Kenneth Neal. Man, the state, and war. New York: Columbia University Press, 2001.