Amanda Araújo – Acadêmica do 4° semestre de Relações Internacionais da UNAMA

Aníbal Quijano (1930-2018), nasceu em Yanama, uma pequena vila dos Andes Peruanos, foi um sociólogo e professor que recebeu o título de Doutor honoris causa pelas Universidades Central da Venezuela (UCV) e Nacional Autônoma de Guadalajara (UCV). Seus estudos contribuíram para o aprofundamento da crítica que a teoria pós-colonial faz ao domínio etnocêntrico.

Quijano desenvolveu o conceito de “colonialidade do poder”.  Em uma de suas principais obras, “Colonialidade do Poder, eurocentrismo e América Latina” (2005), o autor abordou as problemáticas que surgiram com a colonização e a modernidade capitalista, a qual introduziu o modelo de classificação social através da ideia de raça e o padrão de dominação colonial, tornando-se um elemento duradouro na distribuição do poder hegemônico, visto até a atualidade.

“A colonialidade do poder baseada na imposição da ideia de raça como instrumento de dominação foi sempre um fator limitante destes processos de construção Estado-nação baseados no modelo eurocêntrico… O grau atual de limitação depende da proporção das raças colonizadas dentro da população total e da densidade de suas instituições sociais e culturais”.

(QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina, P. 136, 2005)