
Yasmin Garcia – Acadêmica do 4º semestre de Relações Internacionais
Ficha Técnica
Direção: John Lasseter
Produção: Ralph Guggeheim; Bonnie Arnold.
Distribuidora: Buena Vista Pictures Distribution
Elenco Principal: Tom Hanks, Tim Allen, Don Rickles e Jim Varney.
A história dos bonecos que ganham vida, lançada na metade da década de 1990, já é conhecida mundialmente, garantindo mais de US$ 360 milhões de dólares para o surgimento e ascensão da Pixar Animation Studios ainda no seu primeiro ano de estreia.
O longa introduz o público a Woody, que se vê ameaçado e inseguro quando Andy, seu dono, ganha um astronauta, Buzz Lightyear, que começa a receber mais atenção – tanto por parte do menino, quanto por parte dos outros brinquedos. Após uma crise de ciúmes, o cowboy acaba empurrando o novo boneco, que acaba caindo pela janela. Assim, Woody entra então em uma empreitada para salvar o Buzz Lightyear e provar para os outros bonecos que a sua inteção não era destruir o astronauta.
Apesar de ser uma animação voltada majoritariamente ao público infato-juvenil, o filme possui alguns traços da tese de Michael Foucault, importante peça do Pós-Modernismo. As práticas discursivas, segundo o autor, são instrumentos da sociedade de ressaltar os discursos dominantes, expressando o domínio de uma ideia sobre a população. Ao longo da obra cinematográfica supracitada, é exatamente isso que o personagem principal realiza, relacionando-se até mesma à atual conjuntura de países como Estados Unidos.
Quando Woody se encontra em uma situação onde ele perde sua posição de “principal”, toma atitudes para retomar seu lugar, ainda que estas possam prejudicar a sobrevivência dos outros personagens.Neste caso, nota-se a sua (falha) tentativa de ressaltar ainda mais as práticas discursivas, já abordada por Foucault.
As ações acabam sendo encobertas e amenizadas pela animação, que o deixa como mocinho da história, tornando-o melhor amigo do seu, até então, inimigo. Não obstante a lição de moral deixada, de aprender a lidar com as diferença, para as crianças, observa-se, principalmente pelos mais experientes, que os comportamentos do xerife vão muito mais além do que apenas ciúmes excessivo – tanto, que serve como ilustração de uma tese pós-moderna.
A despeito dos argumentos mencionados, o filme animado continua sendo divertido de assistir, fazendo-se uma ótima programação para quem quer rir, chorar e se envolver com uma história inovadora (para os padrões da época).
REFERÊNCIAS
1 [S.I.] 25 anos de “Toy Story”: como o filme revolucionou a história das animações. GZH Cinema: Novembro/2020. Disponível em https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/cinema/noticia/2020/11/25-anos-de-toy-story-como-o-filme-revolucionou-a-historia-das-animacoes-ckhpl3gyd00050137zi1f7kps.html Acesso em 28 de julho de 2021.
2 FUKS, Rebeca. Toy Story: tudo sobre a incrível franquia. Cultura Genial: [S.I.]. Disponível em https://www.culturagenial.com/toy-story/ Acesso em 28 de julho de 2021.
3 BRAGANÇA, Daniel Avellar. A Teoria Pós-moderna Das Relações Internacionais: Uma Discussão. UFSC: São Paulo, [S.I].