Rafaela Vale – Acadêmica do 3º semestre de Relações Internacionais da UNAMA

O Homem Que Vendeu Sua Pele (2020)

Direção: Kaouther Ben Hania

IMDb: https://www.imdb.com/title/tt10360862/

Disponível em: HULU

Indicação ao Oscar: Melhor filme internacional

Tópicos abordados: Refugiados.

A produção multinacional de 2020 apresenta uma narrativa sobre um refugiado sírio, Sam Ali (Yahya Mahayni) que após escapar para o Líbano, recebe uma proposta de trabalho que o daria a possibilidade de embarcar para a Europa, onde poderia reencontrar seu interesse amoroso, Abeer (Dea Liane).

No entanto, a oportunidade fornecida pelo renomado artista Jeffrey Godefroy (Kown De Bouw), levanta questionamentos políticos como o tipo de trabalho exploratório proposto aos indivíduos em condições de refugiados, além da indagação sobre a existência de um limite para a arte.

Inspirado em uma história real, a obra Tim de Wim Delvoye, a produção dirigida por Kaouther Ben Hania esteve presente no Oscar 2021, indicada como representante da Tunísia na categoria de Melhor Filme Internacional.

Quo Vadis, Aida? (2020)

Direção: Jasmila Žbanić

IMDb: https://www.imdb.com/title/tt8633462/

Disponível em: YouTube Movies, Google Play

Indicação ao Oscar: Melhor filme internacional

Tópicos abordados: Genocídio. Disputa territorial. Atuação de Organizações Internacionais.

Para a categoria de Melhor Filme Internacional do 93º Oscar foi apresentada pela Bósnia e Hezergovina a produção Quo Vadis, Aida?. O drama é retratado em meados de 11 de junho de 1995, data da invasão sérvia à cidade de Srebenica, cujos cidadãos são direcionados para permanecer sob proteção da Organização das Nações Unidas.

A obra, dirigida por Jasmila Žbanić já é vencedora do prêmio da categoria de Melhor Filme Internacional do Festival de Cinema de Gotemburgo 2021, pois, ela traz à tona o genocídio de 8.372 pessoas ocorrido na Bósnia pela perspectiva de Aida Selmanagić (Jasna Đuričić), operante da Organização das Nações Unidas, na função de tradutora, que necessita tomar duras decisões entre seus lados profissional e materno quando percebe sua família diretamente afetada pela situação caótica.

Minari (2020)

Direção: Lee Isaac Chung

IMDb: https://www.imdb.com/title/tt10633456/

Disponível em: Prime Video

Indicações ao Oscar: Melhor Atriz Coadjuvante (Yuh-Jung Youn, vencedora), Melhor Ator (Steve Yeun), Melhor Filme, Melhor Direção (Lee Isaac Chung)

Tópicos abordados: Cultura.

O drama, dirigido por Lee Isaac Chung, retrata a jornada de uma família sul-coreana em estabelecer uma vida pacata no interior do Arkansas, nos Estados Unidos da América. A dinâmica familiar é principalmente voltada para o casal, imigrantes sul-coreanos e suas ideias opostas a respeito da adoção do estilo de vida que seria melhor para a família na América.

Simultaneamente, o mesmo choque de cultura é apresentado na relação de seus filhos, crianças nascidas e criadas nos Estados Unidos, que precisam aprender a lidar com a avó recém-chegada da Coreia do Sul, interpretada pela vencedora do Oscar de Melhor Atriz coadjuvante, Yuh-Hung Youn. O filme é bilíngue, apresentando nas alternâncias das línguas coreana e inglesa, além de apresentar a dualidade cultural entre os integrantes do núcleo familiar.

Os 7 de Chicago (2020)

Direção: Aaron Sorkin

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt1070874/

Disponível em: Netflix

Indicações ao Oscar: Melhor Roteiro Original, Melhor Edição. Melhor Fotografia, Melhor Ator Coadjuvante (Sacha Baron Cohen), Melhor Canção Original (Hear My Voice).

Tópicos abordados: Movimentos sociais.

Os 7 de Chicago, de 2020, retrata uma época de grandes movimentos sociais nos Estados Unidos da América. Utilizando-se de contextos como a Guerra do Vietnã, grupos distintos de revolucionários, Alunos pela Sociedade Democrática e Partido Internacional da Juventude se unem para a organização de uma manifestação na cidade de Chicago.

Mais tarde, juntamente a integrantes do Partido dos Panteras Negras, sendo o réu principal acusado de ter cometido um homicídio na mesma cidade, são enviados a um julgamento federal devido à vertente violenta logo tomada pelo protesto em combate à polícia.

A longa-metragem de Aaron Sorkin é repleta de conspirações políticas, principalmente por parte das autoridades federais para com os réus. Também é possível identificar críticas sociais por meio de abordagens sobre a questão racial e de gênero, os quais, são tópicos de extrema importância aderidos à dinâmica do jogo jurídico, no qual se situa a produção inspirada em fatos reais.