Amanda Araújo – Acadêmica do 3° semestre de Relações Internacionais da UNAMA

Rosa Louise McCauley (1913-2005) foi uma mulher negra, nascida no Alabama – E.U.A, que ficou conhecida por recusar-se a ceder o seu lugar no transporte público a uma pessoa branca, desobedecendo a uma lei segregacionista da época. O ato culminou na sua prisão e foi o estopim para o início dos movimentos pelos direitos civis. Apesar de sua história ser marcada por este acontecimento, a ativista norte-americana contribuiu muito mais para o movimento antirracista, o qual, lutou contra durante toda a sua vida.

Nascida em Tuskegee, mas criada em Montgomery, Rosa Parks cresceu em um ambiente familiar que defendia a igualdade de raças, enquanto a sociedade ao seu redor era extremamente racista. Desde muito nova sofria com o segregacionismo racial, sendo obrigada a estudar em uma escola para pessoas de pele preta e ir caminhando para a instituição, pois transporte público era fornecido apenas para brancos.

A sua participação assídua no movimento antirracista começou quando casou-se com Raymond Parks, um barbeiro e membro da National Association for the Advancement of Colored People (NAACP) – organização que defendia os direitos da população afro-americana no Estados Unidos. Rosa e Raymond sediavam, constantemente, as reuniões da associação em sua casa. Posteriormente, Rosa ocupou o cargo de secretária na organização, o qual exerceu até 1957.

O grande marco de sua história aconteceu em 1 de dezembro de 1955, quando as leis segregacionistas eram vigentes no sul estadunidense. Na cidade onde a ativista residia, havia uma lei que não permitia negros sentarem nos mesmos lugares que brancos e nesse dia, no trajeto do trabalho para casa, o motorista do ônibus exigiu que Rosa Parks e outras três pessoas se levantassem de seus assentos e os dessem para os passageiros brancos, no entanto, Rosa negou-se a ceder seu lugar e acabou sendo presa pela polícia.

A prisão de Rosa gerou revolta em toda a comunidade afro-americana. O seu ato de resistência à discriminação serviu de inspiração para seus companheiros de luta, que organizaram um boicote aos transportes públicos da cidade até que a segregação tivesse um fim. O ato durou 385 dias e fez com que o Supremo Tribunal proibisse a segregação nos ônibus, marcando Rosa Parks como um dos grandes nomes da luta antirracista, movimento que persiste até os dias atuais.

REFERÊNCIAS

História Mundo. Disponível em < https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/rosa-parks.htm > Acesso em 15 de abril de 2021.