Amanda Araújo – Acadêmica do 3º semestre de Relações Internacionais da UNAMA
Gilpin (1930-2018) foi um estudioso de economia política internacional e teórico neorrealista das Relações Internacionais. Professor na Woodrow Wilson School e Princeton University, especializou-se em economia política e relações internacionais, focando especialmente no efeito das empresas multinacionais na autonomia do Estado.
Entre suas obras, destaca-se o livro “A economia política das Relações Internacionais”(1987), a qual, desenvolveu grande parte de seu pensamento. Para Gilpin o Estado não se estabelece hegemonicamente apenas com o poderio bélico, mas, sim, dominando o sistema econômico, e as empresas Multinacionais possuem um papel fundamental nesse domínio.
O teórico retoma a ideia de Teoria da Estabilidade hegemônica em seu livro “O desafio do capitalismo global” (2000), onde afirma que, para que haja uma economia liberal estável, é necessário um estabilizador com poder político e econômico suficiente para cumprir tal tarefa, ou seja, uma potência hegemônica. Além disso, uma base sólida da política internacional também seria uma condição para a governança da economia internacional.
“Embora os progressos tecnológicos e o jogo das forças de mercado representem motivos suficientes para ampliar a integração da economia mundial, as políticas de apoio dos Estados mais fortes e as relações de cooperação entre eles constituem a base política necessária para uma economia mundial estável e unificada”.
(GILPIN, Robert. O desafio do capitalismo global. pág 26, 2000)