
Yasmin Garcia – Acadêmica do 3° semestre de Relações Internacionais da UNAMA
O que deveria ser apenas uma Operação Militar de 21 dias, feita pelos países ocidentais, transformou-se em um conflito de mais de 8 anos de duração. A Guerra do Iraque, iniciada em 20 de março de 2003 e terminada em 15 de dezembro de 2011 – com a retirada da última tropa estadunidense do território -, deixou mais de 100 mil civis mortos. (DANTAS, 2018)
Em primeiro plano, é imprescindível mencionar os antecedentes desse embate. A exemplo disso, a Guerra do Kuwait, que ocorreu em agosto de 1990, deve ser explanada: o confronto marcou a primeira coalizão de forças entre os países do Ocidente contra Saddam Hussein, que fora derrotado e aceitara os termos de rendição.
Além disso, o ataque ao World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, deve ter uma menção: a partir de então, o Estado norte-americano endureceu sua linha antiterrorista e, um ano e meio depois, o resultado foi a tomada do Iraque – que estava entre os países que os Estados Unidos consideravam como “Eixo do Mal”, junto à Coreia do Norte e ao Irã.
Os motivos apresentados pelos Estados Unidos para a invasão foram baseados em suposições feitas pela Inteligência Norte-Americana (CIA), que afirmou a ligação entre Saddam Hussein e Al-Qaeda, sendo que o primeiro estava sendo acusado de estar desenvolvendo armas químicas e biológicas e fornecendo para nações terroristas inimigas dos americanos. Pelas razões supracitadas, as tropas militares estadunidenses, britânicas, australianas e outras nações invadiram o território iraquiano.
Sob o viés do histórico da Guerra, infere-se que os motivos apresentados pelos Estados Unidos nada mais foram do que formas implícitas de justificar um ataque, que ocorreu para reafirmar a hegemonia político-militar americana.
Morgenthau defende que a política internacional é permeada pela lutas dos Estados pelo poder. O cientista político também argumenta que os princípios morais universais são elementos circunstanciais concretos de tempo e local, e assim devem ser analisadas as ações estatais, o teórico também foi o responsável pelas ideias de balança de poder e status quo.
Um fato importante a ser citado é que a Organização das Nações Unidas, antes do ataque oficial, já havia feito uma investigação no país do Médio Oriente, e não encontrou nada que os incriminasse, mesmo assim, ainda em 2002, George W. Bush ameaçou atacar o Iraque, caso esse não destruísse seu arsenal militar, ignorando o aval feito pela ONU.
Portanto, vê-se que os combates e mortes dos iraquianos inocentes foram nada mais nada menos do que uma maneira de os Estados Unidos mostrarem seu poderio em muitos âmbitos, como uma guerra baseada em egos. O embate poderia ter sido evitado se pontos supracitados fossem seguidos com mais rispidez, e milhares de vidas inofensivas teriam sido poupadas.
REFERÊNCIAS
Disponível em <https://www.todamateria.com.br/guerra-do-iraque/>
Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/guerras/guerra-iraque.htm>
Disponível em <https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/guerra-iraque.htm>
MORGENTHAU, Hans. A Política entre as nações. Editora Universidade de Brasília: São Paulo, 2003.
Muito coerente as explanações. De maneira cronológica, nós leva ao centro do conflito, e ao final nós relata o que já podemos esperar de conflito, a morte de inocentes que poderiam ter sido evitadas. Parabéns…
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