
Amanda Araújo – Acadêmica do 3° semestre de Relações Internacionais da Unama.
Karl Marx (1818 – 1883), nascido em uma província ao sul da Prússia, foi um filósofo e socialista alemão que, através de sua doutrina que criticava o capitalismo, influenciou diversas áreas do conhecimento, como o Direito e a Sociologia. Marx estudou na Universidade de Berlim em um período onde os ideais de Friedrich Hegel (1770 – 1831) eram fortemente propagados, o que culminou no alinhamento do filósofo aos pensamentos hegelianos.
Seria incorreto afirmar que existe uma teoria marxista em Relações Internacionais, no entanto, entre suas obras mais populares, conceitos de estruturalismo, papel menor do Estado, guerra e paz, e a irrelevância da anarquia, contribuem para construção de uma compreensão marxista das R.I.
Em “Manifesto Comunista” (1848) escrito por Marx e Friedrich Engels (1820 – 1895), surge a premissa do materialismo histórico, no qual expõem a luta de classes, a história do movimento operário e como as relações internacionais se movimentam a partir dos interesses capitalistas de enriquecimento das classes dominantes – Crítica que se intensifica em “O Capital” (1867), onde Marx sintetiza o funcionamento da economia capitalista baseada na exploração do trabalhador assalariado.
“A história de todas as sociedades até hoje existentes é a história das lutas de classe… A condição essencial para a supremacia da classe burguesa é a acumulação de riquezas nas mãos de particulares, a formação e o crescimento do capital: a condição da existência do capital é o trabalho assalariado. Este baseia-se na concorrência dos operários… A burguesia produz, sobretudo seus próprios coveiros. Seu declínio e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis”.
(MARX, KARL e ENGELS, FRIEDRICH, Manifesto Comunista, p. 40, p.51, 1998)