
Antonio Amorim – Acadêmico do 5° semestre de Relações Internacionais da UNAMA
Após a renúncia de Roberto Azevêdo, brasileiro que ficou no cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), em uma decisão histórica, a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, ex-ministra de Finanças de seu país de origem, foi eleita como a Primeira Mulher e Africana a chefiar a Organização.
A economista de 66 anos também possui um currículo que inclui uma longa atuação no Banco Mundial. Antes mesmo de sua designação, a economista de 66 anos já tinha amplo apoio de membros do órgão, incluindo China, União Europeia, União Africana, Japão e Austrália. Ex-colegas também já haviam defendido a escolha dela para o cargo.
Em comunicado, Okonjo-Iweala disse que sua prioridade será abordar as consequências econômicas e de saúde da pandemia de covid-19 e implementar as respostas políticas necessárias para a retomada da economia global. E apesar de recentemente ter adquirido a cidadania americana, Okonjo-Iweala ressalta ser nigeriana e é ferozmente patriótica — exibindo sua origem em seus trajes sob medida com estampa africana.
Okonjo-Iweala, que tem especialização em Economia do Desenvolvimento pela prestigiada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, é vista como uma mulher trabalhadora e pé no chão. Como diretora-geral, uma posição que concede poder formal limitado, Ngozi precisará intermediar tratativas comerciais internacionais perante um conflito persistente entre os Estados Unidos e a China (um dos fatores que levou à renúncia de Azevêdo), reagir à pressão pela reforma das regras comerciais e se contrapor ao protecionismo acentuado pela pandemia de covid-19.
REFERÊNCIAS
Nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala é eleita diretora-geral da OMC. Disponível em:https://www.google.com/amp/s/amp.dw.com/pt-br/nigeriana-ngozi-okonjo-iweala-%25C3%25A9-eleita-diretora-geral-da-omc/a-56579120 . Acesso em 28 fev 2021.