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Luciana Sampaio – acadêmica do 7º semestre de Relações Internacionais da UNAMA.

O ícone de Hollywood, Audrey Hepburn, nasceu na Bélgica e é conhecida mundialmente por atuar no filme “Bonequinha de Luxo”. A atriz, de família de alta renda, antes de atuar praticou balé e era modelo. Porém, no período da Segunda Guerra Mundial, quando das tropas de Hitler ocuparam a Holanda (país onde ela residia), Audrey passou por momentos difíceis. Ajudou ao movimento local de resistência ao nazismo, tendo passado fome e perdido familiares.

Nesse período, Audrey recebeu auxílio do trabalho da United Nations Relief and Rehabilitation, que foi fundamental para sua sobrevivência. Com o objetivo de gratidão pela ajuda recebida durante a guerra, Audrey se tornou embaixadora da United Nations International Children’s Emergency Fund (UNICEF) devido a sua empatia por crianças.

Realizou trabalho humanitário e voluntário pelo mundo, promovendo campanhas de direitos básicos dos cidadãos, como por exemplo, visitando um projeto de vacina contra poliomielite na Turquia, programas de treinamento para mulheres na Venezuela, projetos para crianças que viviam e trabalhavam nas ruas no Equador, projetos para fornecer água potável na Guatemala e Honduras e projetos de alfabetização de rádio em El Salvador. Ademais, visitou escolas em Bangladesh, projetos para crianças pobres na Tailândia, projetos de nutrição no Vietnã e campos para crianças deslocadas no Sudão (UNICEF, 2003).

Audrey usou sua voz para promover o bem entre as pessoas com atitudes, conforme exposto acima, como uma figura pública e formadora de opiniões. Isto influenciou seus fãs a tomarem decisões e a ajudarem seus semelhantes que necessitam de ajuda devido a problemas relacionados à falta de políticas públicas e/ou conflitos armados.

Pereira e Rocha (2015), ao discorrerem sobre a teoria Neoliberal de Relações Internacionais, ressaltam que os Estados não são atores unitários no sistema, uma vez que as organizações internacionais desenvolvem um importante papel na mediação entre os interesses da sociedade civil, empresas transnacionais e Estados.

A atriz foi um vetor para o desenvolvimento da cooperação internacional que é de enorme importância para os países mais pobres. Toda a estrutura de cooperação internacional, estruturada pelas diversas agências da Organização das Nações Unidas (ONU) como o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), tem sido um fator decisivo para melhorar as condições de vida de inúmeras pessoas mais pobres. É o que afirma o Relatório da ONU (2015) sobre a evolução de vários indicadores sociais, como por exemplo a redução da pobreza externa em países subdesenvolvidos de 47% para 14% e a conquista universal do ingresso de estudantes na educação primária de 57 milhões para 100 milhões.

Grande parte destes resultados positivos decorre dos esforços feitos pelos próprios países, mas outra parte expressiva desta melhoria na qualidade de vida é fruto da cooperação internacional e da participação ativa de personalidades internacionais, como Audrey Hepburn.

REFERÊNCIAS

BAZAR BRASIL. Mulheres que inspiram: a trajetória humanitária de Audrey. Hepburn. Disponível em: <https://harpersbazaar.uol.com.br/estilo-de-vida/mulheres-que-inspiram-a-trajetoria-humanitaria-de-audrey-hepburn/&gt;. Acesso: em: 25 jan. 2021.

BIOGRAPHY. Audrey. Hepburn. Disponível em: <https://www.biography.com/actor/audrey-hepburn&gt;. Acesso: em: 25 jan. 2021.

UNICEF. Pessoas da UNICEF: Audrey. Hepburn. Disponível em: <https://sites.unicef.org/people/people_audrey_hepburn.html&gt;. Acesso: em: 25 jan. 2021.

UNITED NATIONS. The Millennium Development Goals Report 2015. Disponível em: <https://www.un.org/millenniumgoals/2015_MDG_Report/pdf/MDG%202015%20rev%20(July%201).pdf>. Acesso: em: 25 jan. 2021.