
Amanda Araújo – Acadêmica do 3° semestre de Relações Internacionais
Jean Jacques Rousseau (1722-1778) foi um filósofo, teórico e escritor que nasceu em Genebra, na Suíça, destacando-se como um dos filósofos adeptos ao movimento iluminista, além de precursor do romantismo e um dos idealistas clássicos das Relações Internacionais. Iniciou seus estudos aos 12 anos, já escrevendo comédias e sermões, e apesar de várias tentativas de profissão, encontrou-se ao dedicar-se aos estudos e à compreensão política.
Rousseau foi fortemente influenciado pelo Iluminismo – movimento intelectual que criticava o absolutismo, as estruturas colonialistas e os privilégios vigentes no século XVIII. Em 1755, escreve sua obra “Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens”, onde condena a desigualdade proveniente dos privilégios e reafirma que a natureza humana é boa, porém, corrompida pela civilização.
No ano seguinte, Rousseau rescreve os escritos de Abade de Saint-Pierre, e em 1782 publica um conjunto de críticas às obras, questionando a subserviência do legislativo ao executivo, descritos em Pierre. Para o idealista, o Estado deveria ser democrático e seu regime político interno influenciaria na cooperação para o alcance da paz. Porém, é em “O Contrato Social” (1762), obra mais conhecida que lhe concedeu o título de contratualista, que o teórico genebrino discorre mais a respeito desse Estado ideal democrático, advindo de um contrato consensual e social, que garantiria todos os direitos da humanidade, onde a soberania pertence ao povo e ao governo, agindo como um agente executivo do Estado.
Portanto, “o princípio da vida política está na autoridade do soberano: o poder legislativo é o coração do Estado e o poder executivo é o cérebro que dá movimento a todas as partes. O cérebro pode cair em paralisia, e o indivíduo continuar a viver. Um homem fica imbecil e vive; mas, apenas cessam as funções do coração, o animal expira.” (ROUSSEAU, O contrato social, pag. 213).