
Monique Collere – Acadêmica do 2° semestre de Relações Internacionais da UNAMA
Uns dos efeitos colaterais após a Segunda Guerra Mundial foi a Guerra da Coreia (1950-1953). Este conflito foi muito devastador para região a coreana – que já estava sendo ocupada e comandada pelos japoneses. Durante a 2º Guerra Mundial, os japoneses utilizaram todos os recursos possíveis da Coreia e obrigaram os soldados coreanos a lutar ao seu favor. O Japão, porém, ficou do lado perdedor, o Eixo (Alemanha, Japão e Itália).
Para que a Coreia se tornasse independente, houve uma reunião entre os Aliados (Reino Unido, União Soviética e Estados Unidos), mas, tal independência não ocorreu de fato durante uns 5-6 anos, pois, as duas regiões da coreia ficaram “independentes”, pois, havia uma grande influência do comunismo russo no norte e do capitalismo no sul, e essa divisão foi a causa da Guerra na Coreia.
Na reunião entre os Aliados, ainda no contexto da II Guerra Mundial, ficou decidido que a União Soviética declararia guerra ao Japão, e com isso, ela ganharia uma zona de influência sobre a parte norte da Coreia. Entretanto, os Estados Unidos visualizaram que a União Soviética poderia ocupar toda a Coreia e assim fortalecer sua cosmovisão comunista. Por isso, os Estados Unidos ocuparam a parte sul da Coreia como apoio para ajudar na sua independência e impedir o avanço da União Soviética.
A Guerra da Coreia não foi pela independência do povo. Na realidade, ela virou um novo campo de guerra ideológico e político, envolvendo a força militar de vários Estados. A Coreia do Norte se aliou à união Soviética e à China para invadir a Coreia do Sul e subitamente declarar guerra. O exército norte-coreano era forte e tinha apoio e, por isso, conseguiu facilmente avançar sobre o sul, tomando quase toda a região. No entanto, os Estados Unidos declararam apoio à Coreia do Sul, enviando soldados e armamentos, conseguindo conter os avanços norte-coreanos dentro do território sul-coreano.
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul ficaram em uma situação difícil a ponto de perder o último e pequeno domínio da região de Pusan. Sendo assim, foi convocada uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a questão da Guerra Fria que ocorria nesse meio tempo, novamente dividindo o mundo.
Alguns norte-americanos queriam usufruir do território Coreano, mas, novamente, essa ideia não foi realizada. Com a China ao lado dos norte-coreanos, foi possível avançar novamente sobre o Sul, contudo, os sul-coreanos revidaram. Deste modo, a guerra ficou reduzida nas fronteiras entre as Coreias, usando as mesmas técnicas da Primeira Guerra Mundial, as trincheiras.
Os efeitos da guerra sobre a região da Coreia afetaram os aliados das duas partes. Em 1953 foi assinado um armistício, separando a Coreia em norte e sul, criando também uma linha desmilitarizada no paralelo 38. A guerra acabou sem um vencedor e a coreia devastada. Mesmo com este armistício, as Coreias permanecem até hoje em alerta, pois, uma possível guerra pode eclodir novamente, porque até hoje os Estados Unidos, a Rússia e China mostram grande influências diretas e indiretas nas Coreias.
Mais sobre a Guerra da Coreia em: https://www.youtube.com/watch?v=Hns1feRpl-U&t=14s
Referências:
HECHT, Emmanuel e SERVENT, Pierre. O Século de Sangue (1914-2014): As vinte guerras que mudaram o mundo.