
Gabriel Monteiro – Acadêmico do 4° Semestre de Relações Internacionais da UNAMA
Depois dos acontecimentos na primeira guerra mundial, com o império alemão saindo derrotado do conflito, o sistema se viu em uma momentânea paz que duraria pouco. Ligas foram criadas, normas internacionais foram ajustadas para os novos parâmetros de cooperação internacional entre os Estados e uma estabilidade diplomática estava estabelecida. Porém, este cenário estava fadado a mudar novamente quando em 1939 – vinte e um anos após a grande guerra – eclodiu o maior conflito internacional de todos os tempos, a segunda guerra mundial.
A causa da guerra: o medo. O medo da ascensão e da queda dos envolvidos no conflito, e por isso, os antigos impérios rivais, novamente, tencionaram o sistema internacional, em busca de alterarem a balança de poder ao seu favor. As disparidades econômicas entre Grã-Bretanha e Alemanha, assim como as políticas de redução de força bélica, aplicadas como punição aos alemães, culminaram em um descontentamento e em um crescente ódio para com as chamadas democracias liberais ocidentais, ou, no âmbito da guerra, os aliados.
Dessa forma, a ideia de rivalidade entre os impérios coloniais e os democracias liberais ricas (Grã Bretanha, França e Estados Unidos) e os bandidos imperialistas atrasados (Alemanha, Itália e Japão) formou o que na história se conhece como os Aliados e o Eixo.
Durante toda a guerra, figuras emblemáticas surgiram para dar ainda mais intensidade ao conflito. Adolf Hitler, o Führer, liderando o nazismo alemão em sua campanha para reerguer a glória manchada da Alemanha durante a primeira guerra com suas invasões territoriais por toda a Europa – a começar pela Polônia em 1° de setembro de 1939, a qual, foi o estopim da guerra. Junto a Hitler, havia o Benito Mussolini, líder do fascismo Italiano, o qual, compartilhava os mesmos interesses do chefe alemão. Do outro lado da moeda, os aliados tinham Churchill, uma figura importantíssima na história da guerra e para os Britânicos, quando a Inglaterra mais precisava. Por fim, o líder soviético Josef Stalin que ficou famoso por suas campanhas contra o exército alemão nos campos de batalhas – como na batalha de Stalingrado.
Devemos entender a segunda guerra como um conflito necessário, não porque a guerra é inexorável no cenário internacional como apontam os teóricos realistas, mas sim, porque naquele momento de crise econômica mundial, onde países, como a Alemanha, a qual, já estava devastada moralmente na comunidade internacional, se viu sobre o controle de um líder capaz de cometer as maiores atrocidades em busca de combater a democracia liberal advinda dos países aliados que, para ele e consequentemente para os cidadãos alemães, eram os verdadeiros inimigos.
No fim, a Alemanha nazista foi derrotada. A campanha de colonização da Europa por parte de Hitler teve um fim trágico. As forças estadunidenses que entraram no final da guerra após os acontecimentos de Pearl Harbor trouxe uma nova dinâmica para o conflito, reduzindo em massa as capacidades bélicas do eixo, que já estavam muito enfraquecidas. O líder Italiano, Mussolini, fugitivo desde a invasão à Itália em 1943, foi descoberto e morto junto a sua companheira Clara Petacci. Na Alemanha, o exército vermelho de Stalin invadiu a cidade de Berlim, numa última tentativa falha de resistência alemã. Em 8 de Maio de 1945, no alto do Reichstag (Parlamento alemão), a bandeira vermelha da União Soviética anunciara a queda da Alemanha Nazista e coroava a sua ascensão.
O último império a se render foi o japonês e isso resultou em uma das maiores mudanças no mundo que a segunda guerra trouxe. Nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, a comunidade internacional pode perceber a força dos Estados Unidos e os impactos que uma futura guerra poderia trazer ao planeta. Hiroshima e Nagasaki foram meramente uma demonstração de um poder que jamais se havia visto antes, mas também, foi mais uma prova da ascensão Estadunidense como a nova hegemonia, derrubando a tão aclamada Grã Bretanha que saiu devastada da guerra.
Referências:
Coggiola, OSVALDO. (2015). A Segunda Guerra Mundial: Causas, Estrutura, Consequências
Ótimo texto Gabriel Monteiro!!
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