Jaiane Madza Almeida – Acadêmica do 3° semestre de Relações da UNAMA
Até o último homem (Hacksan Ridge, 2016)
Direção: Mel Gibson
Elenco: Andrew Garfield, Vince Vaughn, Teresa Palmen
Durante a Segunda Guerra Mundial, Desmond T. Doss, médico do exército se recusa a pegar em armas e matar pessoas. Contudo, durante a Batalha de Okinawa, ele salva mais de 70 homens na ala hospitalar e é condecorado, e por consequência, Doss se torna o primeiro Opositor Consciente da história dos Estados Unidos a receber a medalha de honra. Desmond Doss é um jovem pacifista, de muita fé e um soldado destinado a salvar pessoas no campo de batalha. Doss tem alguns traumas de infância, e esse é um dos motivos que o faz não querer nem chegar perto de armas. Mas, esta escolha torna sua luta pela sobrevivência mais difícil, afinal, como se defender do inimigo sem usar instrumentos de defesa?
“Até o último homem” mostra um grande paradoxo de um rapaz patriota que jurou proteger seu país, mas que também tem seus princípios e sua fé inabalável. Em destarte, o diretor do filme mostra ao decorrer da história, que apesar de Doss ser uma exceção, existem outros protagonistas, como o sargento Howell ou o soldado Smitty, que ao contrário do oficial pacifista, maneja uma arma como ninguém. Como em muitas produções cine biográficas, “O último homem” mostra trechos documentais originais da Guerra, respeitando e mostrando a veracidade dos fatos.
A direção reproduz os dilemas e contradições de seu personagem principal, mas não às soluciona. Deixando no ar a ideia de que talvez o sincretismo entre o “herói guerreiro” e o “herói cristão” não se opera facilmente. O filme ainda sugere que existe um espaço para a paz e para a religião, em meio à guerra.
Corações de ferro (2014)
Direção: David Ayer
Elenco: Brad Pitt, Shia LaBeauf, Logan Lerman
No final da Segunda Guerra Mundial, cinco soldados americanos são encarregados de atacar os nazistas dentro da Alemanha. Apesar de estarem em desvantagem em número de soldados e estarem no território do inimigo, o grupo é liderado pelo enfurecido sargento Wardaddy, que é capaz de tudo para levá-los a vitória enquanto ensina Norman, o mais novo do grupo, a lutar.
O personagem principal é Norman, um jovem soldado que cai de paraquedas no campo de batalha. Por ser novo, Norman não está habituado àquele cenário catastrófico e sente o baque ao perceber até que ponto a maldade humana pode chegar. O filme acompanha toda a transição do rapaz, da ingenuidade à constatação do quão dura é a vida, especialmente a vida na guerra. Diante disso, o diretor constrói a transformação de Norman a partir da peculiaridade e brutalidade de seus companheiros de tanque. A forma como o filme mostra a construção da história de Norman com os companheiros de guerra é um ponto muito bem explorado no longa, pois a relação deles não é apenas baseada nas guerrilhas, mas também no sentimental, a forma como um ajuda o outro suportar tudo aquilo.
Internacional da Amazônia 